Guzerá Santa Celina

História e rebanho da raça Guzerá no Brasil

Guzerá foi a primeira raça zebuína a chegar ao Brasil, entre as que persistem. A raça foi trazida da Índia, na década de 1870, pelo Barão de Duas Barras, logo dominando a pecuária nos cafezais fluminenses. Surgia como solução para arrastar os pesados carroções e até vagões para transporte de café, nas íngremes montanhas, e também para produzir leite e carne. Com a abolição da escravidão, em 1888, os cafezais fluminenses entraram em decadência, levando os fazendeiros a buscar maior proveito do gado, por meio da seleção das características leiteiras e cárneas. Os criadores de Guzerá foram os apologistas das vantagens e virtudes do gado, enfrentando a “guerra contra o Zebu”, promovida por cientistas paulistas e estimulada pelo Governo Federal, ao mesmo tempo que abasteciam o Triângulo Mineiro, onde iria se sediar a futura “meca do Zebu”.

O Guzerá foi a raça de maior contingente até o início da década de 1920, quando surgiu a raça “Indubrasil”, produto da infusão de sangue Gir sobre o mestiço “Guzonel” (Guzerá x Nelore). A partir dessa data, as fêmeas Guzerá eram adquiridas para formar a nova raça promovida no Triângulo Mineiro, culminando em uma autêntica “caçada”, resultando na decadência da raça. Apenas dois criadores sustentaram o Guzerá nesse período: João de Abreu Júnior, em Cantagalo, RJ e Cristiano Penna, em Curvelo, MG.

O Guzerá

Uma raça genuinamente de dupla aptidão, os animais possuem grande vocação em para  ganho de peso, precocidade e qualidade de carcaça, apresentando como grande aliada a sua rusticidade e conversão alimentar.
As fêmeas possuem excelente habilidade materna tendo destaque pela produção de leite a baixo custo, sendo qualidade do leite produzido pelas vacas leiteiras Guzerá (A2A2).